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Alese é ocupada por movimentos e população para cobrar direitos às pessoas vivendo com lúpus, fibromialgia, Alzheimer e leucemia


É no mês de fevereiro que se intensifica a prevenção e o combate de quatro doenças, representadas por duas cores: o roxo, com o lema “Se não houver cura, que ao menos haja conforto”, está relacionada à conscientização sobre o lúpus, a fibromialgia e o Alzheimer; o laranja alerta sobre um dos tipos mais graves de câncer, a leucemia, além de incentivar a doação de medula óssea.

Na manhã desta segunda-feira, 26, a Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) foi ocupada por diversos movimentos sociais, ativistas, pesquisadores e população em geral para discutir as pautas relacionadas a essas campanhas, bem como para discutir as ineficiência da estrutura de saúde em Sergipe voltada ao atendimento das sergipanas e sergipanos vivendo com essas doenças.

Autora do Projeto de Lei  9.293, de 27 setembro de 2023, que classifica a fibromialgia como deficiência para todos os fins legais no âmbito do Estado e da Sessão Especial, em alusão ao Fevereiro Roxo e Laranja, a deputada Linda Brasil, declarou que ficou feliz com a casa cheia. Nas galerias da Alese estavam representantes de movimentos sociais ligados às causas, pacientes, equipes multidisciplinares de cuidados. Linda afirmou que “a realidade é muito difícil, e nós, juntas e juntos, precisamos defender essa ampliação das políticas públicas na área da Saúde. Nosso papel como legislador é fiscalizar, cobrar e tentar melhorar o sistema, em especial, o público”, analisa.Rejane Sampaio, é administradora da página “Lupus Sergipe”, ela destacou em sua fala as dificuldades que teve ao tratar da doença. “A gente sabe que os cuidados com a saúde física e mental são essenciais para a qualidade de vida do paciente de Lúpus, mas é difícil não ter acesso. Eu, por exemplo, tive a ajuda de várias pessoas aqui para conseguir os medicamentos que eu precisei, depois a gente precisa de um programa de exercícios físicos, porque os efeitos dos corticoides são fortes e são os exercícios que nos ajudam a recuperar a nossa saúde”, falou.

Linda reforçou o papel da sua mandata enquanto fiscalizadora e cobradora da aplicação da lei no estado de Sergipe. “Essa casa está à disposição da população, trazemos o povo aqui para discutir a nossa sociedade, aqui é casa do povo e é dessa forma que nós devemos ocupar esse espaço, colocando a nossa mandata à disposição de vocês para promovermos iniciativas e cobrarmos e fiscalizarmos o governo do estado que precisa garantir políticas públicas de saúde efetivas”, afirmou.

A importância da conscientização

A deputada destacou a necessidade urgente do Governo do Estado e dos governos municipais garantirem os cuidados, a profilaxia e, principalmente, o tratamento correto e efetivo aos pacientes dessas doenças. “O nosso papel aqui também é cobrar que o Governo faça a sua parte, garantindo as medicações corretas, mas também a prevenção e o pós tratamento, por exemplo garantindo o direito à saúde mental das pacientes que possuem ou já possuíram essas doenças para que elas possam ter suporte emocional para se curarem”, reforçou.

Ainda na sessão especial, a nutricionista Marcela Mori, trouxe a perspectiva da nutrição para a profilaxia e o combate a essas doenças. “É preciso que se garanta uma alimentação adequada, uma alimentação rica e segura para que as pessoas diminuam as probabilidades de adoecimento, afinal genética não é destino”, sentenciou.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 6.738 pessoas morreram em virtude de leucemia no Brasil em 2020. De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 1,2 milhão de pessoas vivem com alguma forma de demência no país.

Os números alarmantes reforçam a importância da sessão especial que teve como objetivo promover o amplo acesso à informação e quebrar estigmas sobre questões que podem ser curadas ou controladas com um diagnóstico precoce, mas principalmente cobrar ao Governo do Estado que garanta a saúde integral da população do estado por meio de políticas públicas efetivas que englobam os cuidados a essas doenças.

Ainda na ocasião, a deputada Linda Brasil protocolou um Projeto de Lei voltado para a atenção e cuidados de pessoas com Lúpus.

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