Na tarde desta segunda-feira, 28, em entrevista ao programa "Liberdade com Batalha", veiculado na rádio Liberdade FM, e apresentado pelos jornalistas Carlos Batalha e Eraldo Souza,a deputada estadual Linda Brasil, líder da oposição na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), fez uma análise do resultado do segundo turno das eleições municipais em Aracaju que aconteceram ontem, 27, e aproveitou a ocasião para fazer um balanço dos quase dois anos de atividades parlamentares na Casa Legislativa de Sergipe.
Ao ser questionada pelo jornalista Carlos Batalha sobre o pleito municipal de Aracaju, a parlamentar afirmou que respeita da escolha democrática e que seguirá firme na oposição do projeto político vitorioso. "O povo escolheu e nós respeitamos. Porque democracia é isso. O que eu reforço é que estarei na oposição, como já havia anunciado, fiscalizando não apenas o governo estadual, mas, também, a prefeitura de Aracaju. O projeto político que ganhou disfarçou, por meio de seus discursos, o que verdadeiramente representa, que é o discurso de ódio, o retrocesso, a perseguição de direitos historicamente conquistados. Nós estaremos fiscalizando e combatendo qualquer tipo de violência, sobretudo, contra as populações mais vulnerabilizadas. Não aceitaremos uma gestão que desrespeite servidores e que negue direitos a grupos, como mulheres, povos terreiros, população negra, comunidades tradicionais, comunidades periféricas", afirmou Linda.
Sobre a escolha do Psol pelo nome de Niully Campos para a disputa, Linda parabenizou o desempenho da companheira e fez análise da forma como se deu a escolha. "Infelizmente, tem pessoas que só pensam em seu projeto individual, não pensam na esquerda. A escolha do nome de Niully se deu por meio de uma única corrente, diferentemente de todas as outras vezes em que o processo foi feito por meio de escuta popular, de escuta da militância. Mas estive com o projeto, apoiei a companheira Niully, que fez um excelente trabalho, apresentando muito bem o projeto do nosso partido. E coloquei o meu nome à disposição porque era o nome que se apresentava como o mais forte da esquerda para a disputa nas pesquisas. Se fosse qualquer outro nome, na mesma conjuntura, teria meu apoio. Mas, infelizmente, a decisão foi feita de maneira unilateral”, reforçou a parlamentar.
Projetos na Alese
Linda Brasil falou ainda sobre os mais de 60 projetos que protocolou na Alese em quase dois anos de mandata na Alese. “Tenho grupos de trabalho em minha mandata que trabalham em cima das propostas recebidas pela população de todo o estado, dos movimentos sociais, e nossa mandata constrói propostas ouvindo a população, o povo. Aprovamos vários projetos, como o que equipara os direitos das pessoas com Fibromialgia ao mesmos das pessoas com deficiência, o que garante o acesso de doulas nas maternidades e instituições de saúde que promovem partos, o Abril Verde que propõe uma série de ações de proteção e defesa das religiões de matrizes africanas, o Dossiê da Mulher Sergipana. Só para citar alguns dos aprovados, mas nesses dois anos já são mais de 60 propostas em defesa de políticas públicas efetivas para a população sergipana. Além disso, estivemos firmes fiscalizando o Estado, denunciando as atrocidades do governador, defendendo o povo sergipano e cobrando que os direitos fossem efetivados”, explicou a deputada.
Eleições em 2026
Na ocasião, o jornalista Carlos Batalha provocou a parlamentar sobre os próximos passos políticos, principalmente, referentes às disputas em 2026. "Estou focada em nossa mandata, nos projetos que estamos desenvolvendo, mas analisando os cenários. Eu acredito que a reeleição seria o caminho mais seguro, mais garantido, mas não descarto outras possibilidades, a exemplo do Senado Federal. Tenho visto o apelo do povo, que, até ontem mesmo, estava lamentando do meu nome não ter sido colocado para disputar a Prefeitura. Muitas pessoas estão sinalizando que querem que eu dispute o senado. E estou vendo as possibilidades", disse a parlamentar.
Memorial LGBTQIAPN+
Linda Brasil aproveitou a entrevista para falar sobre a Casa Linda Brasil, na rua Estância, no centro de Aracaju, que é um projeto pensado por ela e que será inaugurado no próximo dia 22 de novembro, onde será um espaço dedicado às instituições da sociedade civil organizada, aos movimentos sociais, para que possam desenvolver diversas ações. O espaço, segundo Linda, também terá um Memorial LGBTQIAPN+, que já vem sendo elaborado.
“É mais um projeto que estou me dedicando para que as instituições e movimentos sociais tenham para que possam desenvolver suas ações e fortalecer ainda mais as suas lutas. Nesse espaço, também terá o Memorial LGBTQIA+, que está em construção, inclusive, no último final de semana, reuni diversos nomes históricos do movimento, já nesse espaço, para pensar nessa proposta. Eu reconheço que se estou onde estou, é porque outras pessoas vieram antes de mim, outras pessoas da comunidade LGBTQIA+ se expuseram e dedicaram as suas vidas para abrir caminhos para que eu chegasse onde cheguei e por isso esse memorial vai homenagear a história de Sergipe que foi construída pelas mãos dessas pessoas. Pessoas como Benedito Letrado, Barrinhos, Lisboa, Amaral Cavalcante, entre outras pessoas que fizeram história nesse estado”, afirmou.
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