Ontem, 27, comemorado o Dia Nacional de Combate ao Câncer, a deputada estadual e líder da oposição na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), Linda Brasil (Psol), usou suas redes sociais para denunciar as falhas graves no atendimento e na garantia de direitos fundamentais a pacientes que vivem com câncer no estado, classificando como “desumano” o descaso do governo estadual em assegurar diagnóstico precoce e tratamento digno.
A parlamentar destacou a precariedade do sistema de saúde no estado, onde pacientes esperam meses para realizar exames fundamentais. “É vergonhoso saber que pacientes oncológicos podem passar meses para fazer um exame que pode diagnosticar a doença e garantir a vida. Triste que o Governo de Sergipe apresente tantos problemas para garantir diagnóstico e tratamento rápido para os pacientes que precisam de um diagnóstico com celeridade”, escreveu a deputada em seu perfil na rede social X.
Linda Brasil reforçou a importância do diagnóstico precoce como ferramenta essencial para salvar vidas. No entanto, os atrasos constantes nos exames e consultas em Sergipe têm comprometido as chances de cura de muitos pacientes. O cenário, de acordo do com a parlamentar, é consequência da ausência de investimentos públicos adequados para atender à crescente demanda da população.
“Pacientes enfrentam um verdadeiro leão por dia para conseguir exames, consultas ou medicamentos. Esse descaso não só agrava o sofrimento como reduz as possibilidades de tratamento e cura. A negligência do Governo do Estado custa vidas”, criticou.
Déficit de profissionais e judicialização de medicamentos
A situação crítica do Hospital de Urgências de Sergipe (HUSE) também foi abordada pela deputada. Segundo Linda, o número de oncologistas na unidade caiu de 10 para apenas 3, prejudicando ainda mais a já frágil assistência oferecida aos pacientes.
Outro problema destacado foi a necessidade frequente de judicializar o fornecimento de medicamentos. Para muitos pacientes, o caminho da Justiça tem sido a única opção para acessar quimioterápicos e outros insumos indispensáveis ao tratamento. Linda Brasil apontou que essa situação é fruto da má gestão dos recursos públicos e a falha na priorização de políticas de saúde.
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