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Deputada Linda Brasil repudia violência política no período eleitoral em Sergipe




Na sessão plenária desta quarta-feira, 28, a deputada estadual Linda Brasil (Psol), líder da oposição, voltou a denunciar a violência política generalizada no período eleitoral em Sergipe. “Não podemos aceitar a volta da idade média, da barbárie, pois vivemos em um sistema democrático de direitos e precisamos garantir que a democracia seja respeitada”, destacou.

A deputada iniciou sua fala lembrando da situação eleitoral de Lagarto. “O debate político em Lagarto está mobilizando figuras que destilam discursos de ódio contra as mulheres, contra a população LGBTQIAPN+ e contra pessoas com nanismo. É absurdo, é inaceitável que, em 2024, esse tipo de comportamento seja naturalizado e fique impune. Um apresentador da Lagarto FM, já associou uma candidata a vereadora a uma galinha, associou um homem com nanismo a um circo de horrores, agora se referiu a uma mulher trans como ‘esse tipo de criatura’, eu me pergunto: o que é isso? Em que século estamos vivendo?”, questionou a deputada.

Linda chamou atenção para a necessidade do Governo do Estado mobilizar os órgãos defensores da cidadania e dos direitos da população para tomar as medidas cabíveis contra esses crimes de ódio que estão acontecendo em Sergipe e afirmou que vai mobilizar o Sindicato dos Radialistas para que tome as medidas cabíveis para casos como o citado pela deputada.

A parlamentar também se solidarizou com o deputado Georgeo Passos, que usou a tribuna para denunciar que sofreu ameaças. “Quero me solidarizar ao colega deputado e expressar meus mais profundo repúdio a essa violência política. Não vivemos mais os tempos dos coronéis. Precisamos que a secretaria de Segurança Pública responda à sociedade o que está sendo feito para inibir esses crimes que todos sabem que acontecem neste período”, cobrou.

A deputada lembrou ainda que é do interior do estado e que é de conhecimento popular que as eleições no interior são mais difíceis de serem fiscalizadas, mas que isso não pode se perpetuar. “Estamos vivendo novos tempo políticos, vivemos em uma democracia e não podemos aceitar que, nos interiores, as pessoas fiquem acordada na madrugada das eleições esperando os chamados ‘homens do saco’, que distribuem dinheiro para comprar os votos das pessoas menos esclarecidas e que precisam, porque lhes falta o básico”, analisou a deputada.

Violência atrelada ao armamento

Ainda no expediente desta quinta-feira, a parlamentar lembrou ainda que, no último dia 25 de agosto, a Folha de São Paulo, publicou que mais de 95% das armas registradas no Brasil estão nas mãos dos homens, e que 63,6% dos homicídios de mulheres, incluindo casos de femicídio, foram causados por arma de fogo em 2023. “Eu reforço o meu repúdio a toda forma de machismo, misoginia e violência de gênero, principalmente quando os casos de violência política estão papocando aqui no estado, é preciso que se faça algo e eu vou cobrar dos órgãos de segurança que dê uma resposta à nossa população”, concluiu.

Foto: Divulgação Ascom


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