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Linda Brasil cobra medidas efetivas para combater a extrema pobreza em Sergipe, que afeta quase 200 mil pessoas



Nesta quarta-feira, 11, durante sessão na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), a deputada estadual Linda Brasil (Psol), líder da oposição, demonstrou preocupação com o número de pessoas que seguem em situação de extrema pobreza no estado. Segundo o IBGE, quase 200 mil cidadãos e cidadãs sergipanas vivem nessa condição. Para a deputada, o número, divulgado na última semana, escancara a ausência de políticas públicas eficazes e permanentes que garantam direitos humanos básicos, como a alimentação e a inclusão social.


“Essas 191 mil pessoas não são apenas números. Elas são a consequência direta desse governo que insiste em tratar a pobreza com paliativos ao invés de enfrentá-la com políticas de Estado que combatam a desigualdade estrutural. Sergipe não pode continuar sendo palco de tanta exclusão e violação de direitos”, afirmou a deputada.


Linda Brasil também destacou a relação entre a desigualdade e a falta de estrutura das políticas públicas existentes. “Programas como o Acolher são importantes, mas não atendem à crescente demanda. É inadmissível que tenhamos apenas 35 assistentes sociais para todo o estado, enquanto enfrentamos desafios tão graves. Isso evidencia o descaso com a inclusão social e a dignidade das pessoas mais vulneráveis.”


Em seu pronunciamento, a parlamentar aproveitou para lembrar das datas comemorativas celebradas ontem, Dia Nacional dos Direitos Humanos e da Inclusão Social, reforçando a necessidade do Estado atuar com o propósito de combater as violações de direitos humanos e incluir as cidadãs e cidadãos em programas que mudem de fato suas realidades. “Garantir direitos humanos não é apenas celebrar datas, mas combater desigualdades e respeitar a diversidade todos os dias. Enquanto quase 200 mil pessoas em Sergipe não têm o básico para sobreviver, é urgente que repensemos nossas prioridades enquanto sociedade.”


Linda Brasil encerrou sua fala enfatizando a importância de uma política séria e contínua voltada para os direitos humanos. “A falta de uma secretaria própria e de recursos dedicados demonstra a pouca seriedade com que os direitos humanos são tratados em Sergipe. Não basta lamentar, precisamos agir e construir um estado que não deixe ninguém para trás, como é o caso desse número alarmante de pessoas nessa situação”, concluiu.

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